Queria te contar lorotas, até que me achasse maior e me levasse pela mão, e me disesse com gosto, que queria ouvir os meus casos e aprender os meus truques.
Queria te encher de beijos, como em medalhinha de padroeira, e te fazer carinho, como gato em armazém, e ler tua mão e decifrar tua letra.
E te ensinar o segredo das pirâmides e todas as declinações latinas, e, de quebra, te falar um poema de amor.
Mas teus cabelos eram tão escuros, e teus olhos tão sofridos, que eu fiquei na minha.
E só te disse oi.
OI?
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